No terceiro dia de Seminário iniciamos o II Ciclo de diálogos com a quarta roda de conversa dos museus orgânicos formada pela a Mestra Dinha, do Museu Casa Oficina Mestre Dinha, Nova Olinda, e a Mestra Corrinha Mão na Massa, do Museu Oficina Corrinha Mão na Massa, Missão Velha.
Nesta roda de conversa, conhecemos a história das mestras, bem como os prazeres e benefícios que a cultura foi capaz de trazer às suas vidas. “Uma das coisas que eu me preocupo hoje é em repassar o meu aprendizado.”, disse a mestra Corrinha. Diante de uma plateia atenta, ouvimos Mercês Parente “A gente tem que ouvir o fazer, e é ouvindo o fazer e enxergando quem faz que a gente consegue se transformar em patrimônio da humanidade” .
No primeiro momento da tarde, contemplamos a 5ª roda de conversa sobre museus orgânicos, com a participação do mestre Xico Aprigio do Museu Oficina Mestre Xico Aprigio, Mestre Toin dos Couros, do Museu Oficina Mestre Toin dos Couros, Mestre José Venceslau - Museu Oficina Mestre José Venceslau, Ana Lilete Oliveira, filha do mestre Luizinho dos Couros, do Museu Casa Luizinho dos Couros e com mediação de Cicero Marcelino, ambos de Exu-PE.
Na oportunidade, os mestres e representantes dos museus orgânicos, falaram sobre a arte em couro na cidade de Exu-PE e de como a influência de figuras importantes, como Luiz Gonzaga, influenciou seus trabalhos. Os museus são parceiros e funcionam em conjunto, levando a tradição da arte em couro de geração a geração. A relação entre a cultura do Ceará e Pernambuco também foi um ponto comentado pela mesa.
Nesta sexta roda de conversa, ouvimos Valeria Pereira, do Quilombo de Águas Claras, Triunfo, Pernambuco, Flávio Borges, Maria da Conceição Souza, da Ilha do Massangano, Petrolina, Pernambuco, com mediação de Lys Valentim, SESC Pernambuco.
A mesa de diálogo, conhecemos sobre as vivências dentro do Quilombo de Águas Claras e da Ilha do Massangano enquanto espaços de museus orgânicos, explorando os saberes e tradições destes lugares. As palestrantes ressaltaram a importância que a natureza tem na relação para com os museus orgânicos das mestras, enfatizando assim o forte laço entre preservação ambiental e cultura. Conforme Conceição “através do samba de velho, vêm gente de todo canto conhecer a nossa cultura”.
Na sétima roda de conversa, recebemos o mestre Cicero Gomes do Coco Trupé e o mestre Assis Calixto do Coco Raízes da cidade de Arcoverde-PE, com a mediação de Adalberto Trajano, Analista de Biblioteca, Memória Social e Patrimônio da Gerência Regional de Cultura do SESC Pernambuco.
Nesse diálogo desfrutamos da fala dos mestres que contaram sobre a tradicional dança do coco na sua cidade e nas suas vidas como agente transformador. Os mestres ainda ressaltaram a importância de ensinar os saberes tradicionais às crianças, para que continuemos a conservar a cultura como parte da nossa vivência. Conforme o Mestre Cícero Gomes “eu nasci no meio do samba de coco, minha mãe me levava bebezinho para a dança do coco, passava a noite toda dançando.”
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