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Inauguração Museu Orgânico Oficina Antônio Linard



Um dos capítulos mais importantes da história de Missão Velha é a trajetória de vida do Mestre Antônio Linard, cujo legado enriqueceu significativamente o município. Autodidata, ele evoluiu de simples mecânico a Mestre de Ofício, transformando seu trabalho com o ferro em uma verdadeira arte. Sua contribuição diferenciada e útil à sociedade foi celebrada com a inauguração do Museu Orgânico Oficina Antônio Linard, realizado pelo Sesc em parceria com a Fundação Casa Grande no dia 05 de junho de 2024.

Nascido em 1904 na cidade de Santana do Cariri, Antônio Linard é uma figura emblemática na história industrial do Ceará. Mudou-se para Missão Nova em 1929 e, posteriormente, para Missão Velha, onde estabeleceu sua oficina mecânica, que evoluiu para a Indústria Linard. Com engenhosidade e perseverança, superou a falta de formação, aprendendo mecânica através de manuais e transformando sua oficina em um complexo industrial de grande relevância para a região.


“O Museu Orgânico Oficina Antônio Linard, além de fortalecer a identidade e a memória coletiva, traz a saga de um visionário no ciclo do ferro brasileiro, que perpassa do inusitado encontro dele com Lampião, o rei do cangaço, à implantação de uma fantástica fábrica de invenções das mais geniais do Nordeste, no Cariri cearense”, afirma Alemberg Quindins, gerente de cultura do Sesc Ceará.


Reconhecido como um dos principais responsáveis pela modernização dos engenhos de cana-de-açúcar do Cariri durante o século XX, Linard construiu o primeiro motor a vapor da região, rompendo com a dependência tecnológica estrangeira. Sua oficina, que começou de forma modesta, expandiu-se rapidamente, fornecendo máquinas e manutenção para os senhores de engenho e contribuindo significativamente para a economia local.

O Museu Orgânico Oficina Antônio Linard é o 18º museu orgânico inaugurado pelo Sesc. Esses museus são baseados na conexão íntima com a história e o local de vida dos mestres de cultura popular, celebrando suas contribuições e preservando suas memórias. Ainda de acordo com Alemberg Quindins, esses espaços ressaltam os diversos ciclos culturais, sociais e econômicos do Estado.






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